Page 22 - Revista PROTAGONISTA 44
P. 22
ARGENTINA TRANSPORTE MARÍTIMO
¿POR QUÉ EL ACUERDO SOBRE TRANSPORTE MARÍTIMO
ENTRE ARGENTINA Y BRASIL DEBERÍA MANTENERSE?
POR QUE O ACORDO DE TRANSPORTE MARÍTIMO ENTRE
ARGENTINA E BRASIL DEVE SER MANTIDO?
El gobierno de Brasil ha decidido que no renovará un O governo brasileiro decidiu que não renovará um acordo
acuerdo estratégico con Argentina, relacionado con el estratégico com a Argentina, relacionado ao Transporte
Transporte Marítimo, lo cual podría causar graves perjui- Marítimo, o que pode causar sérios prejuízos ao setor.
cios al sector.
Entidades e sindicatos fazem-se ouvir para que a situação
Entidades y gremios hacen oir su voz para que la situación seja revista o mais rapidamente possível, uma vez que o
se revea lo antes posible, ya que el Acuerdo finalizaría Acordo terminaria em 2022.
en 2022.
Mediante una medida impulsada por la CAMEX (CAMEX - Cámara Por meio de uma medida promovida pela CAMEX (CAMEX - Câmara de
de Comercio Exterior del Ministerio de Economía) no se renova- Comércio Exterior do Ministério da Economia), o Acordo de Transporte
ría el Acuerdo sobre Transporte Marítimo entre la R. Argentina Marítimo entre a R. Argentina e a F. do Brasil (Lei nº 23.557) não seria
y la R. F. del Brasil (Ley N° 23.557) razón por la cual el bilateral renovado, razão pela qual o acordo bilateral encerraria em 22/02/22.
finalizaría el 05/02/22.
A iniciativa responderia por estar em sintonia com a liberação de
La iniciativa, respondería a estar en sintonía con la liberación mercados promovida pela OCDE, órgão ao qual o Brasil aspira aderir,
de los mercados que propicia la OCDE, organismo al que aspira porém, é surpreendente que a partir da retirada do acordo bilateral,
ingresar Brasil, sin embargo, es llamativo que a partir de la baja concentrem-se as alianças internacionais de armas (fortemente criti-
del convenio bilateral, serán las concentradas alianzas armatoria- cada pela OCDE) que acabará por determinar a competitividade das
les internacionales (fuertemente criticadas por la OCDE) las que mercadorias do comércio exterior no Brasil e também na Argentina,
finalmente determinarán la competitividad de las mercaderías como consequência da gestão “porta a porta” de todos os serviços
del comercio exterior de Brasil y también de Argentina, como que integram a cadeia de serviços logísticos (verticais e horizontais
consecuencia del manejo “puerta a puerta” de la totalidad de do mercado de prestadores).
los servicios que integran la cadena de prestaciones logísticas
(integración vertical y horizontal del mercado de prestadores). Vale lembrar que o tratado é um acordo pré-existente (1968) com o
Mercosul e foi criado em defesa do transporte aquaviário e da pre-
Cabe recordar que el tratado es un acuerdo preexistente (1968) servação das rotas marítimas regionais. Em primeira instância, e do
al Mercosur y fue creado en defensa del transporte por agua y ponto de vista dos armadores argentinos, a não renovação do acordo
la preservación de las vías marítimas regionales. En primera de transporte marítimo configuraria o desaparecimento dos atuais e
instancia, y desde el punto de vista de los armadores argentinos, futuros projetos de desenvolvimento da Marinha Mercante Nacional,
la no renovación del convenio sobre transporte marítimo confi- com o conseqüente impacto no transporte marítimo e as empresas
guraría la desaparición de los proyectos de desarrollo presente envolvidas; as fontes de trabalho argentinas; e teria consequências
y futuro de la Marina Mercante Nacional, con la consecuente negativas diretas na indústria de construção e reparação naval. Por
afectación a las empresas navieras involucradas; las fuentes de seu efeito cascata e multiplicador, acabaria afetando a cabotagem
trabajo argentinas; y tendría consecuencias negativas directas nacional e todos os armadores argentinos, ou seja, seria a extinção
en la industria de la construcción y reparaciones navales. Por su da Marinha Mercante Argentina.
efecto cascada y multiplicador terminaría afectando al cabotaje
nacional y a la totalidad de las empresas navieras argentinas, es Os armadores autorizados a participar neste tráfego marítimo,
decir sería la extinción de la Marina Mercante Argentina. argentinos e brasileiros, iniciaram uma forte e sustentada defesa
do acordo, entendendo que este tráfego e sua projeção natural para
Los armadores autorizados, a participar de este tráfico maríti- o Mercosul, constitui o eixo essencial para garantir a manutenção
mo, tanto argentinos como brasileños, han iniciado una férrea y e desenvolvimento das marinas comerciantes de ambos os países.
sostenida defensa del acuerdo, entendiendo que este tráfico y
su proyección natural al Mercosur, configura el eje indispensa- A partir da queda do acordo, em fevereiro de 2022, os armadores
ble para asegurar el mantenimiento y desarrollo de las marinas estrangeiros poderão entrar no mercado operando com embarcações
mercantes de ambos países. com bandeira de conveniência e menores custos por questões tri-
butárias e trabalhistas. Com esta possibilidade de abertura destes
A partir de la caída del acuerdo en febrero 2022, podrían in- negócios à concorrência desleal representada pelos referidos arma-
gresar al mercado los armadores extranjeros, que operan con dores estrangeiros, não só está ameaçando o futuro da cabotagem
buques matriculados en banderas de conveniencia y costos más nacional da Argentina e do Brasil, mas também a capacidade das
bajos por cuestiones impositivas y costos laborales. Con esta oficinas navais da região para reparações e abastecimentos se traduz
posibilidad de abrir estos tráficos a la competencia desleal que em uma cadeia de grandes perdas de empregos; a renúncia a ser
representan los referidos armadores extranjeros, no solo se transportadores das cargas de nosso comércio exterior; e contribuir
amenaza el futuro del cabotaje nacional de Argentina y de Brasil, positivamente para o Balanço de Pagamentos.
22 | Revista PROTAGONISTA del Sector Logístico y Comercio Exterior | temporada 13 | número 44